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Migração para Cloud – muito se falou, agora é hora de fazer

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Não é novidade que a onda de reinvenção digital tem atingido todos os setores da economia estabelecida, e a chamada ameaça da “Uberização” ou da “disrupção” já são temas batidos e repetitivos. Líderes de todos os setores não estão mais dormindo em berço esplendido – todos tem buscado formas de se proteger e contra-atacar essas ameaças, através de modelos de negócio que produzam novas fontes de receitas, deem acesso a novos mercados e clientes, além de protegerem a base instalada.

Esta busca envolve a entrega de uma experiência melhor para os seus clientes, alavancada por um conhecimento intimo de suas preferências e histórico, busca de eficiências ainda maiores em toda a cadeia produtiva, criação de modelos de negócio totalmente novos, digitais. E com a corrida para entregar inovação para os seus clientes antes da concorrência – a tradicional e os novos entrantes, a criação e lançamento de novos produtos, características e funções, necessita ser feita em ciclos cada vez mais curtos, medidos em dias ou horas.

Nesta corrida frenética, temos testemunhado muitos acidentes de percurso, derrapagens na curva que custam caro para as empresas. Problemas de indisponibilidade, segurança e erros de funcionalidade, tem afetado websites, mobile apps, centrais de atendimento de bancos, varejistas, companhias aéreas, empresas de mídia, serviços públicos, enfim, que atire a primeira pedra quem nunca foi impactado.

As organizações de TI, pressionadas como nunca, entendem que precisam repensar os modelos que funcionaram até aqui. Grandes empresas em todo o mundo reconhecem a necessidade de ter uma TI mais ágil e flexível, capaz de atender a demandas flutuantes e a diferentes requisitos de sensibilidade de dados e regulatórias. Esta flexibilidade está sendo buscada através do uso de soluções de cloud computing, com estratégias que combinam os data centers tradicionais existentes, com cloud privadas e cloud publicas. As cloud publicas tem sido usadas para suportar soluções de e-commerce, analytics e big data, soluções móveis, experiências digitais; as private clouds para situações de sensibilidade maior dos dados, atender requisitos regulatórios, processamentos batch; já as plataformas tradicionais são usadas para aplicações altamente customizadas e aplicações legadas cuja modernização não faz sentido de negócio.

Nas suas jornadas de reinvenção digital, as empresas têm priorizado a criação de plataformas totalmente digitais, a melhoria de produtos e serviços atuais com uma pitada digital: soluções analíticas para busca de insights, machine learning, inteligência artificial, soluções cognitivas e automação de processos com robôs. Mas em pesquisa recente encomendada pela IBM, mais de 67% das empresas participantes, elencou a modernização dos sistemas transacionais existentes como a maior prioridade, à frente das prioridades citadas acima.

Tal priorização faz total sentido. Os sistemas tradicionais existentes, comumente chamados pejorativamente de legados, remam contra na corrida pela inovação. Fatalmente, qualquer inovação a ser introduzida, requer integrações com os sistemas atuais, além de um recorte na malha existente destes sistemas para eliminar o que está sendo substituído. Porém a complexidade deste emaranhado que foi desenvolvido ao longo de décadas é enorme, e o desenvolvimento de tais integrações ou o recorte na malha é processo moroso e arriscado, e a inovação não pode ser introduzida na velocidade esperada. Em muitas destas empresas, mais de 50% do budget de TI é consumido com a sustentação destes sistemas e, devido ao alto acoplamento, estes são os gargalos para qualquer projeto. Muitas vezes são criadas soluções totalmente apartadas dos sistemas existentes, como se fora uma página em branco, porém tal abordagem nem sempre entrega a visão global que se almeja ter dos clientes nem um processo bem integrado fim-a-fim. E certamente a introdução das inovações sem promover uma faxina constante só faz aumentar a complexidade e os custos de TI.

A IBM tem suportado as organizações nesta jornada de reinvenção digital e adoção de Cloud, a partir de uma abordagem integrada para todo ciclo de vida, desde a definição da estratégia, até a implementação, abrangendo aplicações novas e legados, infra-estrutura, governança e processos de TI. Essa abordagem permite a simplificação da jornada para um modelo que chamamos de TI Híbrida as a service, com a criação de business cases para suportar as decisões de investimento, e a adoção da cloud com medição de resultados a cada passo.

 

 

No Brasil, temos apoiado vários clientes nesta jornada de transformação. Em um deles, avaliamos um conjunto de aplicativos mainframe, projetados e planejados para a modernização, aplicando padrões de microservices e event-driven architecture, usando aceleradores para se obter um inventário correto das aplicações e suas interdependências, além do conhecimento das aplicações mainframe para estabelecer um plano de modernização viável. O resultado foi o desenho de um conjunto de novos micro sistemas, organizados em domínios funcionais e projetados para permitir maior agilidade no processo de desenvolvimento e com uma projeção de até 40% de redução no custo operacional total. No setor bancário, está em curso uma refatoração de aplicativos de canais, com a modernização da plataforma que integra estes canais aos sistemas principais do mainframe através de um modelo de APIs.

Também foi projetada uma nova TI híbrida, incluindo agile, DevOps, modelo operacional e governança cloud, além de modernizar uma das suas aplicações críticas para o modelo private cloud. Nas funções já migradas, pode-se observar uma redução de até 60% no tempo médio de uma release, através da adoção das práticas de DevOps e automações. O baixo acoplamento das funções, permite maior agilidade e flexibilidade para o negócio.

A avalanche da reinvenção digital é inexorável, com crescente pressão sobre o desempenho, disponibilidade e segurança das soluções de TI. E não há uma saída fácil para nos livrarmos das complexidades resultantes de décadas de investimentos nas aplicações das empresas. As organizações de TI têm estabelecido estratégias de cloud hibridas, porém, a sua adoção em escala é um desafio. Existem experiências locais em atacar o problema com método, aceleradores, ferramentas e profissionais experientes.

 

Jun Endo
Vice-Presidente de Cloud Application Innovation, IBM Services América Latina

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