5 mitos sobre o IBM Power Systems: Linux no x/86 é diferente do Linux no Power
Há muitos equívocos em relação ao IBM Power Systems no mercado atualmente e esta série do blog tem como objetivo desmentir alguns dos principais mitos. No último post, eu derrubei o mito de que o IBM Power Systems não te estratégia de nuvem. Neste post, analisaremos um mito que tem sido propagado por muitos de nossos concorrentes e seus consultores sobre o x/86. Esse mito quer que você acredite que, se investir em uma solução Linux no IBM Power Systems, você obterá um produto inferior, um que não é o Linux “real” ou que suas aplicações não funcionarão da maneira devida.
Há um aspecto desse mito que é verdadeiro. As soluções Linux no Power são:
- Quase sempre mais rápidas
- Mais confiáveis
- Geralmente menores (requerem menos núcleos e menos sistemas físicos)
- Mais seguras
Em todos os outros aspectos, desde as distribuições e os níveis de liberação do Linux até as ferramentas de gerenciamento e monitoramento de sistemas e os ambientes de desenvolvimento, elas são iguais.
Considere os seguintes pontos:
Endianismo
Há pouco tempo atrás, havia uma diferença entre os sistemas baseados em Power e em x/86 que afetava não apenas as distribuições do Linux, mas todos os sistemas operacionais, aplicações e bancos de dados que eram executados nesses sistemas. Nossa indústria pegou emprestado do livro Viagens de Gulliver, de Jonathan Swift, o uso dos termos “big endian” e “little endian” para descrever a maneira como os computadores representam dados. Os sistemas x/86 sempre foram “little endian” e o Power sempre foi “big endian”. Isso causou um problema porque o software criado para sistemas little endian não podiam ser executados em sistemas big endian sem modificação e vice-versa.
Em abril de 2014, a IBM anunciou o suporte little endian (LE) para o POWER8 e, atualmente, todos os nossos sistemas POWER9 suportam um ambiente LE de 64 bits.
Embora o suporte LE remova as diferenças de endian, o código LE compilado para um sistema x/86 precisa ser recompilado para um sistema LE baseado em Power.
Distribuições do Linux
Há centenas de distribuições baseadas em Linux disponíveis no mercado atualmente. Embora muitas possam ser executadas nos IBM Power Systems, a IBM suporta oficialmente o Red Hat Enterprise Linux, o Ubuntu e o SUSE Linux Enterprise Server. As versões de comunidade do Linux como o Debian, openSUSE, CentOS, Fedora e outros também estão disponíveis.
Essas distribuições são criadas em torno de um sistema de gerenciamento de pacote e incluem o kernel Linux, os utilitários shell Gnu, ferramentas de gerenciamento de sistemas, um ambiente de área de trabalho, bem como software livre e, às vezes, pacotes de proprietário.
Existem distribuições do Linux com recursos desenvolvidos para aproveitar alguns dos recursos exclusivos da arquitetura IBM Power Systems e o processo de inicialização para uma distribuição do Linux pode ser um pouco diferente entre o x/86 e o Power. No entanto, uma vez instalado, os recursos e a funcionalidade são idênticos.
Opções de virtualização
Geralmente, há várias opções para virtualização dentro de uma distribuição do Linux. O KVM é a opção padrão para Ubuntu e é a base para a virtualização do Red Hat. O PowerVM é a única opção de virtualização para o SUSE Linux Enterprise Server 12 neste momento. As opções de KVM no Power e RHEV fornecem a mesma funcionalidade no Power que em uma plataforma x/86, enquanto o PowerVM foi projetado para aproveitar a arquitetura IBM Power.
Ferramentas de administração e monitoramento do sistema
Todas as distribuições do Linux suportadas nas plataformas IBM Power fornecem ferramentas de administração e monitoramento do sistema. Cockpit, Performance Co-Pilot (PCP) e NMAP são exemplos das ferramentas fornecidas pelo Red Hat Linux. O SUSE Linux Enterprise Server fornece um módulo de gerenciamento de sistema avançado que inclui CFEngine, Puppet, Salt e The Machinery Tool. O cenário é o pacote de gerenciamento de sistemas do Ubuntu.
Existem várias soluções proprietárias e de software livre disponíveis como Chef, JuJu, Ansible, Wireshark e inúmeras outras que podem ser incluídas em uma distribuição do Linux. De fato, as cinco principais ferramentas de software livre para administração de sistemas Linux estão disponíveis em sistemas Power Linux, que fornecem o mesmo nível de funcionalidade e suporte para sistemas baseados em x/86.
Ambientes de desenvolvimento de aplicação
As soluções Linux no Power têm todas as ferramentas que os desenvolvedores precisam para criar seus portfólios de aplicações. Por exemplo:
- Soluções de gerenciamento de container como Docker, Kubernetes e Rancher;
- Linguagens de programação que incluem Python, php, Ruby, Scala, Java, Erlang e C/C++;
- Atom, Bluefish, Eclipse, Netbeans, Geany, AnJuta e Glade, todos sendo considerados os principais ambientes de desenvolvimento integrado;
- Git/Git-Hub, Apache Subversion, Darcs, Mercurial, Monotone e CVS, alguns dos melhores sistemas de controle de versão disponíveis;
- Oito dos dez principais editores de texto, inclusive Atom, VIM, gedit, GNU EMACS e Nano;
- Muitos outros recursos, inclusive ferramentas diff como meld e kdiff, ferramentas de depuração e editores multimídia como Adrour, Audacity e Gimp.
Portfólios de ambientes de desktop e aplicações
Também existem várias opções de aplicações, bancos de dados e desktops proprietários e de software livre disponíveis para os clientes Power Systems escolherem. Veja alguns exemplos a seguir:
- KDE, Mate, GNOME, Cinnamon, Budgie, LXDE e XFCE, que foram considerados os principais ambientes de desktop em 2018 para Linux;
- X2Go, um ambiente de desktop remoto com todos os recursos 100% de software livre;
- Clientes de e-mail Thunderbird, Geary e Evolution;
- Aplicações de sistema de mensagens instantâneas Pidgin e Empathy;
- Calligra Suite, Libre Office e WPS Office;
- MariaDB, Postgre SQL, EnterpriseDB, MongoDB, Cassandra, Redis estão entre os principais bancos de dados de software livre disponíveis, bem como o IBM Db2;
- Dolibarr e Odoo, dois dos pacotes de ERP de software livre mais populares;
- Spark, elasticsearch, Apache Solr e Hadoop para análise de dados;
- Mais de 2.000 clientes do SAP HANA, muitos dos quais deixaram o mundo do x/86 para aproveitar a arquitetura IBM Power.
O Linux on x/86 é diferente do Linux no Power?
O Linux no Power é o mesmo que o Linux no x/86, exceto pelo melhor desempenho, confiabilidade, segurança e uma menor área de cobertura física. Essas são as diferenças mais relevantes e os principais motivos pelos quais uma solução Linux no Power é uma opção melhor do que uma solução Linux baseada em x/86.
O IBM Systems Lab Services tem uma equipe de consultores experientes prontos para te ajudar a aproveitar ao máximo o Linux no Power System. Caso você tenha dúvidas sobre o Linux no IBM Power Systems, envie uma mensagem para o especialista que logo ele entrará em contato.
Fique atento ao próximo post da série, que será publicado em dezembro, no qual analisaremos o mito de que a OpenPOWER Foundation não é, realmente, um consórcio apoiado pela indústria.