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Novos desafios de TI e a evolução da infraestrutura RISC

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As empresas enfrentam cada vez mais desafios no mercado. Adaptar-se às mudanças em seus negócios é uma capacidade fundamental para seus diferenciais competitivos.

Imagine eventos inesperados e de alto impacto como uma pandemia, que muda a rotina da sociedade e comportamentos de clientes e colaboradores, ou mesmo inovações tecnológicas, que viabilizam o surgimento de fintechs e ameaças a modelos consolidados de prestação de serviços financeiros. Tais eventos trazem desafios e necessidades de uma resposta rápida. Não se adaptar às mudanças, coloca em risco sua posição no mercado ou até sua sobrevivência. 

Da mesma forma, as áreas de TI (tecnologia da informação) também têm seus desafios, afinal, por muitas vezes, ela é o meio pelo qual as empresas conseguem viabilizar essas mudanças. Quando falamos de infraestrutura de TI, os desafios de hoje diferem bastante do passado. Há 10 anos atrás, para endereçar a demanda de ERPs (enterprise resource planning) corporativos e bases de dados transacionais, temas como crescimento vertical e disponibilidade se destacavam como os principais pontos de preocupação dos Gerentes de TI. Apesar desses temas continuarem relevantes, aspectos como escalabilidade horizontal, uso de plataformas de cloud híbrida e a capacidade de implementar novas estratégias de desenvolvimento vêm dominando a agenda desses profissionais, exigindo uma modernização em suas abordagens de infraestrutura. 

Para enfrentar esses novos desafios, plataformas de infraestrutura com mais tempo de mercado também fazem parte desse contexto. Provavelmente você já deve ter trabalhado ou ouvido falar dos servidores RISC. Esse termo vem de Reduced Instruction Set Computer e se referem a computadores com processadores que usam instruções simples (ou reduzidas) para executar operações. Servidores baseados nessa tecnologia, por exemplo como o IBM Power, se destacam pela performance e disponibilidade no processamento de transações, sendo tradicionalmente utilizados para aplicações JAVA, ERP’s e bases de dados. Os fabricantes investem continuamente em pesquisa e desenvolvimento na evolução desses servidores para apoiar as áreas de TI nos desafios atuais, enquanto se beneficiam dos tradicionais atributos de desempenho e eficiência. “Como processar grandes volumes?”, “Como permitir uma integração transparente com cloud híbrida?” e “Como escalar containers de forma eficiente?” são perguntas que estão por trás das últimas gerações dessas tecnologias.

Dessa forma, as áreas de TI estão observando seus tradicionais ambientes de servidores passarem por duas grandes transformações no caminho de sua modernização: infraestrutura e aplicações.

A modernização da infraestrutura envolve habilitar esses componentes para que possuam capacidades como cloud híbrida –permitindo um consumo de recursos computacionais sob demanda de forma simples e rápida, on-premise e off-premise –, automação de tarefas e o uso do conceito de IaaC (Infrastructure-as-a-Code). Estas capacidades trazem ganhos de agilidade na execução de procedimentos e processos, principalmente em ambientes de larga escala. Imagine o esforço de aplicar manualmente mudanças em configurações de segurança, em centenas ou milhares de sistemas operacionais (muito mais ágil que isso possa ser feito com um ou poucos comandos, não é mesmo?). Dessa forma, é possível não só provisionar máquinas virtuais de diversos sistemas operacionais (Linux, AIX, etc) em nuvem, integrando-as com ambientes on-premise, mas também executar configurações de forma automatizada usando ferramentas como Ansible e Terraform.

A modernização de aplicações envolve suportar as novas estratégias de desenvolvimento usando microsserviços, containers e seus orquestradores. Kubernetes, o projeto open source mais disseminado para esse fim, é a base de tecnologias como RHOCP (Red Hat Openshift Container Platform) e IBM Cloud Paks, que permitem o deployment e gerenciamento enterprise desse tipo de aplicação. Apesar de serem elementos da camada de software, eles trazem novos paradigmas para a camada de infraestrutura, exigindo uma fundação com novos requerimentos, diferentes características de escalabilidade e um gerenciamento eficiente de recursos. Os servidores RISC podem ser utilizados para alavancar e impulsionar as capacidades de modernização de aplicações. Testes feitos com bases de dados executando em um cluster de RHOCP sobre infraestrutura de servidores IBM Power mostram maiores níveis de escalabilidade de containers por working node (nó de processamento), o que pode ser usado para aumentar a eficiência da infraestrutura e tornar o ambiente mais resiliente a uma demanda elástica (originada por campanhas de marketing, sazonalidade do negócio, dentre outras demandas).

Como comentei, os desafios enfrentados pela TI para atender às novas demandas de negócio tem impulsionado uma evolução dos componentes de infraestrutura, o que torna importante avaliar seus impactos nessas mudanças. Se aproveitar de suas capacidades de otimização e eficiência trazem diferenciais competitivos nessa jornada.

Para saber mais:

https://www.ibm.com/it-infrastructure/modernization

https://www.ibm.com/blogs/systems/4-ways-red-hat-openshift-is-helping-ibm-power-systems-clients/

https://www.ibm.com/cloud/architecture/architectures/application-modernization/

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